terça-feira, janeiro 24, 2006

"Versos escritos n’água"

Neste ano que passou descobri, ou melhor, apresentaram-me um poeta desconhecido para mim... Desde então, tenho lido alguns poemas que me incentivaram a reencontar o - já quase esquecido - gosto pela poesia.
Aqui transcrevo um dos meus favoritos:

"Os poucos versos que aí vão,
Em lugar de outros é que os ponho.
Tu que me lês, deixo ao teu sonho
Imaginar como serão.

Neles porás tua tristeza
Ou bem teu júbilo, e, talvez,
Lhes acharás, tu que me lês,
Alguma sombra de beleza...

Quem os ouviu não os amou.
Meus pobres versos comovidos!
Por isso fiquem esquecidos
Onde o mau vento os atirou."

Manuel Bandeira

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