...
Ao fim de algum tempo a caminhar M.... finalmente sentou-se. Sentou-se em frente ao mar, na areia fria... O pensamento que a inundou (para além da beleza da vista que se lhe deparava): há momentos na vida em que devemos parar!
Parar de adivinhar... parar para ouvir conselhos de amigos... a nossa razão... parar de só sentir... parar para pensar...
Era o que tinha estado a fazer nos últimos dias, um esforço nesse sentido. Disse para si que não é tarefa fácil! Nada fácil...
Em segundos recordou as conversas com os seus amigos, as suas palavras, aquelas que nunca verbalizou, mas que, conscientemente pairavam na sua (in)consciência.
O sentido das mesmas é o mesmo.
O único que caminha em sentido contrário é o coração, o sentimento. A crença? Talvez... mas... o coração... O único que nunca teve dúvidas! Será um sinal...? Afinal, tantas coisas boas...!
Sentia-se chegada a uma encruzilhada! Qual o caminho a seguir? Essa é a verdadeira questão.
O coração?
A razão?
- Alguém ajuda! :P -
Um misto de palavras atropelaram o seu pensamento:
"amo-te" ... "ainda pior do que a convicção do não e a incerteza do talvez é a desilusão de um quase"... "a vida simples é boa"... "quem quase amou não amou"... "tens tanta coisas coisas boas para estar feliz"..."Andar para a frente que atrás vem gente" ... "Aqui e agora? Estou feliz!" ... "É o quase que me incomoda, que me entristece, que me mata trazendo tudo o que poderia ter sido e não foi"... "podes passar pela felicidade e nem dar conta disso"...
Que significaria aquilo tudo, questionou? Seria um teste? Mas um teste a quê? Qual a finalidade?
Nesse instante deitou-se naquela areia fria que começava a entranhar-se na roupa, no cabelo... Fechou os olhos e recordou.
Não sabe quanto tempo esteve assim, mas pareceu-lhe uma eternidade! Parecia não querer abrir os olhos e continuar "agarrada" áqueles momentos, áqueles sentidos! Mas sabia que tinha de o fazer.
M.... pensou em todos aqueles "testes" porque já tinha passado. Foram eles e a forma como os ultrapassou que a tornaram na pessoa que é. Será mais um? Porque é que tem de ser tão difícil?
Há momentos na vida assim!, pensou. Em que não podemos deixar que a realidade nos ultrapasse.
Mais cedo ou mais tarde poderia ser confrontada com factos que desconhecia e depois? A que se agarraria?
E a felicidade, que um dia, podia passar por si sem que desse por ela! E depois?
Ou estará ela bem ali? Mas, o que e como fazer para vivê-la, plenamente?!? Sem obstáculos, distâncias, medos...?
Estaria na altura de deixar o quase... tornar-se tudo?
Parar de adivinhar... parar para ouvir conselhos de amigos... a nossa razão... parar de só sentir... parar para pensar...
Era o que tinha estado a fazer nos últimos dias, um esforço nesse sentido. Disse para si que não é tarefa fácil! Nada fácil...
Em segundos recordou as conversas com os seus amigos, as suas palavras, aquelas que nunca verbalizou, mas que, conscientemente pairavam na sua (in)consciência.
O sentido das mesmas é o mesmo.
O único que caminha em sentido contrário é o coração, o sentimento. A crença? Talvez... mas... o coração... O único que nunca teve dúvidas! Será um sinal...? Afinal, tantas coisas boas...!
Sentia-se chegada a uma encruzilhada! Qual o caminho a seguir? Essa é a verdadeira questão.
O coração?
A razão?
- Alguém ajuda! :P -
Um misto de palavras atropelaram o seu pensamento:
"amo-te" ... "ainda pior do que a convicção do não e a incerteza do talvez é a desilusão de um quase"... "a vida simples é boa"... "quem quase amou não amou"... "tens tanta coisas coisas boas para estar feliz"..."Andar para a frente que atrás vem gente" ... "Aqui e agora? Estou feliz!" ... "É o quase que me incomoda, que me entristece, que me mata trazendo tudo o que poderia ter sido e não foi"... "podes passar pela felicidade e nem dar conta disso"...
Que significaria aquilo tudo, questionou? Seria um teste? Mas um teste a quê? Qual a finalidade?
Nesse instante deitou-se naquela areia fria que começava a entranhar-se na roupa, no cabelo... Fechou os olhos e recordou.
Não sabe quanto tempo esteve assim, mas pareceu-lhe uma eternidade! Parecia não querer abrir os olhos e continuar "agarrada" áqueles momentos, áqueles sentidos! Mas sabia que tinha de o fazer.
M.... pensou em todos aqueles "testes" porque já tinha passado. Foram eles e a forma como os ultrapassou que a tornaram na pessoa que é. Será mais um? Porque é que tem de ser tão difícil?
Há momentos na vida assim!, pensou. Em que não podemos deixar que a realidade nos ultrapasse.
Mais cedo ou mais tarde poderia ser confrontada com factos que desconhecia e depois? A que se agarraria?
E a felicidade, que um dia, podia passar por si sem que desse por ela! E depois?
Ou estará ela bem ali? Mas, o que e como fazer para vivê-la, plenamente?!? Sem obstáculos, distâncias, medos...?
Estaria na altura de deixar o quase... tornar-se tudo?
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10 Comentários:
Absolutamente fantástico o seu texto. Gostava de poder comentar mais um pouco, mas as suas palavras ainda pairam na minha cabeça. Desconcertante? talvez... Talvez a compreenda e me identifique tanto com as suas palavras. Obrigado!
"Eu, agora - que desfecho!
Já nem penso mais em ti...
Mas será que nunca deixo
De me lembrar de ti?
Mário Quintana
o QUE TIVER DE SER.. SERÁ. SEMPRE. NÃO SE MANTENHA AGARRADA A UM PORTO... AVANCE NO DESCONHECIDO DO MAR! NO REVOLTO DAS ONDAS, NA SERENIDADE DA MARÉ VAZA... ESTARA A EQULIBRIO, ECONTRARÁ A FELICIDADE!
Fantástico...Não, não pares mesmo de escrever!
Bj enorme.
Meu caro Amigo Visconde, obrigada pelas suas palavras e, p.f., não se retraia a comentar! Retribuo o mesmo convite que há uns dias me fez.
A questão que o texto levanta parece ser comum a mais pessoas do que, inicialmente, poderia pensar.
Preferia que estes pensamentos não existissem, porque seria sinal de que tudo correria "de feição" como (na minha opinião) deveria! ;)
Por isso todos os comentários e conselhos serão benvindos!
Caro/a "walter Ego", o pensamento que nos traz, do 'espelho mágico' desse poeta... que significado lhe dá?
Cara idiossincracias, como costumo dizer: A ver vamos...
Cara SV, obrigada pelo incentivo!
é sempre altura.... de tornar o quase.. no tudo. Não deixe o mede atrasar a vida.
"carpe diem"
Reparo agora que o último verso está incompleto, e por isso fica aqui a errata: "De lembrar que te esqueci?", é assim que termina o poema. Passo a transcrever o poema:
"Eu, agora - que desfecho!
Já nem penso mais em ti...
Mas será que nunca deixo
De lembrar que te esqueci?"
Confesso-lhe que ainda ando meio dúbio quanto ao seu significado. A primeira impressão e, para mim, a beleza do poema está na sua aparente contradição, no seu antagonismo... quanto ao seu significado, sinto-o, mas não o sei expressar. A poesia tem destas coisas, sente-se, mas não se sabe dizer mais que as palavras do seu autor.
Deixo, também, o nome do poema: "DO AMOROSO ESQUECIMENTO"...
Com o tempo, você vai percebendo que para ser feliz com uma outra pessoa, você precisa, em primeiro lugar, não precisar dela.
Percebe também que aquele alguém que você ama (ou acha que ama) e que não quer nada com você, definitivamente não é o alguém da sua vida. Você aprende a gostar de você, a cuidar de você e, principalmente, a gostar de quem também gosta de você.
O segredo é não correr atrás das borboletas... é cuidar do jardim para que elas venham até você.
No final das contas, você vai achar não quem você estava procurando, mas quem estava procurando por você!
Vejo que muitos foram os que descobriram as "sábias" palavras de Mário Quintana...
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