"Escrevo, triste, no meu quarto quieto, sozinho como sempre tenho sido, sozinho como sempre serei. E penso se a minha voz, aparentemente tão pouca coisa, não encarna a substância de milhares de vozes, a fome de dizerem-se de milhares de vidas, a paciência de milhões de almas submissas como a minha ao destino quotidiano, ao sonho inútil, à esperança sem vestígios. Nestes momentos meu coração pulsa mais alto por minha consciência dele. Vivo mais porque vivo maior."
Bernardo Soares
1 Comentários:
cop"Almas submissas como a minha ao destino quotidiano, ao sonho inútil, à esperança sem vestígios" ...
Que falta de realismo e perspectiva!
Então o "destino" não é o que nós tomamos em mãos e queremos que seja?
Então o "sonho" não é o que perspectivamos e almejamos e, nessa medida, útil?
Então a "esperança" não é o que alimentamos todos os dias, para realizar o "sonho" e concretizar o "destino"?
Francamente, às vezes não te reconheço naquela pessoa superior que és.
Espero que esta aparente "nuvem vulcânica" se afaste depressa.
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