A viagem termina... (# 3)
«A viagem termina quando encerramos as nossas fronteiras interiores. Regressamos a nós, não a um lugar. Mwadia sentia que retornava aos labirintos de sua alma enquanto a canoa a conduzia pelos meandros do Muzenguezi. Na ida, ela se preocupara em sombrear a Virgem. No regresso, ela já ganhara a certeza: ali estava a Santa mulata, dispensando o sombreiro, afeiçoada ao sol de África.
Chegada a um largo embondeiro, ela dirigiu o concho(*) para a margem e foi subindo a ravina, carregando com ela a Santa. Junto ao troco, ela depositou a Virgem, se ajoelhou e disse:
- Você já foi Santa. Agora, é Sereia. Agora, é nzuzu.» (...)
Chegada a um largo embondeiro, ela dirigiu o concho(*) para a margem e foi subindo a ravina, carregando com ela a Santa. Junto ao troco, ela depositou a Virgem, se ajoelhou e disse:
- Você já foi Santa. Agora, é Sereia. Agora, é nzuzu.» (...)
(*) Concho: canoa, pequena embarcação
Assim, cheguei ao fim de mais um livro... Mia Couto, O outro pé da Sereia (Caminho)
[Mais um almoço... mais umas páginas... e lá cheguei ao fim desta(s) história(s)! Mais um livro... Um livro cuja leitura aconselho. Gostei muito!]
Obrigada J... por mais um excelente livro (...!)
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