Os livros mudam o destino das pessoas...
«Muitas vezes me perguntei porque conservo livros que só num futuro remoto me poderiam ajudar, títulos afastados dos percursos literários mais habituais, aqueles que uma vez li e não voltarão a abrir as suas páginas durante muitos anos. Talvez nunca mais! Mas como desfazer-me (...) de tantos outros há anos relegados para as prateleiras mais altas, íntegros, no entanto, e mudos, na sagrada fidelidade que nos adjudicamos.
Amiúde é mais difícil desfazermo-nos de um livro do que obtê-lo. Ligam-se a nós num pacto de necessidade e de esquecimento, como se fossem testemunhas de um momento das nossas vidas ao qual não regressaremos. Mas enquanto aí permanecerem, presumimos tê-los juntado. Vi que muita gente coloca a data, o dia, o mês e o ano de leitura; traçam um discreto calendário. Outros escrevem o seu nome na primeira página, antes de o emprestarem, anotam numa agenda o destinatário e acrescentam-lhe a data. (...)
Ninguém quer extraviar um livro. Preferimos perder um anel, um relógio, o chapéu-de-chuva, do que o livro cujas páginas não mais leremos mas que conservam, na sonoridadedo seu título, uma antiga e talvez perdida emoção.»
Carlos María Domínguez, A Casa de Papel (Edições ASA)
[Mais um almoço sozinha... :( ... destinado à leitura deste pequeno livro que, permitam-me que diga, um pequeno prazer!
Ao ler esta passagem sorri... Lembrei-me de livros que ofereci. Isto porque quando ofereço um livro tenho por hábito escrever alguma coisa e pôr a data. Faço-o por gosto!
Acho que um livro se torna (ainda mais) especial quando tem uma dedicatória - por mais simples que seja! - da pessoa que (n)o(s) oferece. Torna-se único!]
Amiúde é mais difícil desfazermo-nos de um livro do que obtê-lo. Ligam-se a nós num pacto de necessidade e de esquecimento, como se fossem testemunhas de um momento das nossas vidas ao qual não regressaremos. Mas enquanto aí permanecerem, presumimos tê-los juntado. Vi que muita gente coloca a data, o dia, o mês e o ano de leitura; traçam um discreto calendário. Outros escrevem o seu nome na primeira página, antes de o emprestarem, anotam numa agenda o destinatário e acrescentam-lhe a data. (...)
Ninguém quer extraviar um livro. Preferimos perder um anel, um relógio, o chapéu-de-chuva, do que o livro cujas páginas não mais leremos mas que conservam, na sonoridadedo seu título, uma antiga e talvez perdida emoção.»
Carlos María Domínguez, A Casa de Papel (Edições ASA)
[Mais um almoço sozinha... :( ... destinado à leitura deste pequeno livro que, permitam-me que diga, um pequeno prazer!
Ao ler esta passagem sorri... Lembrei-me de livros que ofereci. Isto porque quando ofereço um livro tenho por hábito escrever alguma coisa e pôr a data. Faço-o por gosto!
Acho que um livro se torna (ainda mais) especial quando tem uma dedicatória - por mais simples que seja! - da pessoa que (n)o(s) oferece. Torna-se único!]
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