«Faz-me o favor de não dizer absolutamente nada!
Supor o que dirá
Tua boca velada
É ouvir-te já.
É ouvir-te melhor
Do que o dirias.
O que és não vem à flor
Das caras e dos dias.
Tu és melhor -- muito melhor! --Do que tu.
Não digas nada. Sê
Alma do corpo nu
Que do espelho se vê.»
Mário Cesariny (1923-2006)
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