Momentos que não se esquecem...
«Deram as mãos. A intensidade daquele gesto tão simples fundiu-os para sempre. ...
Sabiam que não estavam a conhecer-se mas a reconhecer-se. As suas almas, noutro tempo e noutro espaço, já eram uma só. Agora, na contigência do tempo e espaço a que está sujeita a vida humana, reconheciam e revivesciam a plenitude do amor em que as suas almas, outrora, se ligaram. Que momento mágico! Que grandeza! Que liberdade! Tudo isto tornava inequívocas as palavras que trocararam.
Ambos tinham medo. ... Ambos sabiam que era muito mais do que isso, pois nem um nem outro tinham desejado aquilo. Tudo aquilo os trascendia. Era muito maior do que eles.»
Pedro Krupenski, Túmulos Caiados (Mercado de letras)
Sabiam que não estavam a conhecer-se mas a reconhecer-se. As suas almas, noutro tempo e noutro espaço, já eram uma só. Agora, na contigência do tempo e espaço a que está sujeita a vida humana, reconheciam e revivesciam a plenitude do amor em que as suas almas, outrora, se ligaram. Que momento mágico! Que grandeza! Que liberdade! Tudo isto tornava inequívocas as palavras que trocararam.
Ambos tinham medo. ... Ambos sabiam que era muito mais do que isso, pois nem um nem outro tinham desejado aquilo. Tudo aquilo os trascendia. Era muito maior do que eles.»
Pedro Krupenski, Túmulos Caiados (Mercado de letras)
5 Comentários:
Vejo que já se rendeu, também, ao livro de Krupensky. Espero que tenha valido a pena a sugestão (pela transcrição, vejo que sim).
Também adorei essa passgem.
Não menti quando disse que já tinha comprado o livro! :)
Há tantas outras passagens que adorei.
Esta, p.ex., deixou-me longos momentos a pensar:
«Chegou a véspera da partida. A trepadeira era arrancada dos corações e trazia fibras atrás, dilacerando-os. Ambos temiam que fosse o princípio do fim. A grandeza e intensidadde do Amor não estavam em causa, nem a vontade em mantê-lo vivo e aceso. (...) Era na essência de cada um que amavam e se amavam. Nada poderia atentar contra isso, mas a dúvida pairava e dilacerava o coração. Nenhum dos dois se recorda das palavras da despedida.»
Enfim, que dizer...? ;)
as despedidas podem vir a tornar-se reencontros, se acontecerem antes do desgaste limite!
Como já tive oportunidade de dizer, não conheço nada mais falso que a expressão: "Longe da vista, longe do coração"!
Sempre pensei isto e nem as contrariedades na minha vida conseguiram convencer-me do contrário!
Estarei assim tão errada?
"Longe da vista, longe do coração", só se nós o permitirmos...
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