Timbuktu...
"[...] ... ficava no meio de um deserto algures não sabia onde (...) Willy descrevera-o como um oásis de espíritos. Noutra altura, dissera: «O mapa de Timbuktu começa onde acaba o mapa deste mundo». Pelos vistos, para um tipo lá chegar tinha de atravessar uma imensa região de areia e calor, um reino onde o nada reinava eternamente. Mrs. Jones achava que era uma jornada extremamente difícil e desagradável, mas Willy garantia-lhe que não, que a viagem não durava mais do que um abrir e fachar de olhos. E mal um tipo lá chegava, dizia ele, mal um tipo passava a fronteira desse refúgio, nunca mais tinha de se preocupar com coisas comezinhas do género comer, dormir à noite ou esvaziar a bexiga. Um tipo passava a estar completamente sintonizado com o universo, passava a ser um grãozinho de antimatéria alojado no cérebro de Deus. [...]"
Timbuktu, de Paul Auster - Um livro que vale a pena!!
6 Comentários:
Sem dúvida...
Achei o livro uma verdadeira delícia, se não o melhor, um dos melhores de Paul Auster.
Muito bem conseguido, numa narrativa absolutamente cativante e deliciosa...
Que é feito de ti?
Paul Auster tem vindo a ganhar um lugar especial nas minhas preferências de leitura. O seu lugar na estante começa a aumentar.
Cada vez mais gosto de "o" ler, da sua escrita. Se bem que ler a versão original é... simplesmente... viciante! Inigualável!
Este... este é diferente. Como (bem) diz, muito bem conseguido!
Resta-me, pois, agradecer o esquecimento dele por estas "bandas".
Obrigada!
Amiga,
Continuo no mesmo sítio! ;)
O tempo é que tem sido escasso para nos encontrarmos. Mas isso vai mudar!
Prometo! Beijinhos!!!
Admito que sim!
Não é, porém, um Autor que leia ...
Mas ... não vás por aí. Esse ... não é o teu caminho!
Petitefleur
Cara "Petitefleur",
antes de mais - e como faço sempre com as pessoas que sobem a este Tecto pela primeira vez - seja benvinda!
Confesso não ter entendido o seu comentário (certamente por dificuldade minha!)... Se não leu Paul Auster como ou porque faz essa sugestão tão peremptória?
Uma coisa é certa, conseguiu fazer-me lembrar o famoso poema de José Régio: "Não sei por onde vou, não sei para onde vou, Sei que não vou por aí!" ;)
Façamos o seguinte, leia o "Oracle Night" na versão original (claro que se não gostar de ler em Inglês, há uma edição de bolso na Fnac) e depois diz-me o que achou. Só assim, depois de ler Auster, poderá com "propriedade" fazer uma afirmação como a que deixou aqui.
Combinado?
E... volte sempre. ;)
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