quarta-feira, novembro 15, 2006

... Na hora do reencontro ...

«O abraço do reencontro pareceu-lhe toda a outra vida: a eterna. Como foi de fusão aquele abraço! Os olhos que se fitaram, as mãos que se voltaram a dar, as bocas a unirem-se novamente, as almas, as existências de cada um fundiram-se como aço incandescente, para se tornarem numa peça só. Recomeçava ali a eternidade. Recomeçava ali a certeza do amor, a simplicidade da vida, o seu sentido. Todas as palavras pareceram-lhes vãs, sem sentido, incapazes de expressar grandezas como aquela. Ainda está por nascer o poeta que consiga levar ao entendimento do outroa plena intensidade do amor vivido. O mundo começava e acabava ali. A vida ali nascia e dali crescia. Toda a força do cosmos fervilhava em dois corações que agora voltavam a ser um só.
(...)
Ficou por momentos a saborear a certeza de ter na sua vida (...) alguém tão especial, tão importante, tão como ela, tão seu. Uma pessoa para a qual apetece ser mais, melhor, mais perfeita. Uma pessoa a quem dar-se, dar o melhor de si.»
Pedro Krupenski, Túmulos Caiados (Mercado de letras)

1 Comentários:

Anonymous Anónimo disse...

só o tempo nos dará o reencontro, só o espaço nos proporcionará a certeza.... nas nossas mãoes está só a espera!

novembro 15, 2006 8:41 da tarde  

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