segunda-feira, janeiro 15, 2007

Hoje não me apetecia escrever...

... mas vi este quadro e não resisti...
Deixou-me sem palavras...

Pablo Picasso, (Blue) Nude

«... Mas todo e qualquer sonho tem o seu fim, o seu término, quanto mais não seja quando se acorda, quando se desperta para a realidade que nos envolve e em que estamos inseridos...

Já muito por aqui sonhei e fiz sonhar, chegou o meu tempo de acordar. Há um mundo que espera para ser vivido.

Por ora, deixo o sonho que aqui encontrei.

Não desisto dele

[Retirado do Viscondado da Palmeira]

2 Comentários:

Anonymous Anónimo disse...

Cara MBSilva,

Tive, já, a oportunidade de ler e reler todos os comentários com que, hoje, granjeou as "tolas" palavras que deixei escritas no meu blogue.

Como em tempos lhe disse, e agora reitero, as “minhas” palavras, depois de escritas, deixam de o ser. Passam a ser de quem as lê, de quem as sente, de quem delas consegue retirar algum proveito.

Por isso, impossível ficar “importado” com o facto de “usar” as minhas palavras, de as fazer suas, de as usar para expressar o que lhe vai na alma… eu é que agradeço a importância e o uso que lhes deu. No fundo, são suas também.

Sabe que o quase anonimato da “blogosfera” permite uma proximidade entre, aparentes ou supostos, estranhos difícil de se conseguir na realidade do dia à dia, ou dos contactos pessoais. Não me estranha ou incomoda, de modo algum, esta proximidade. Desde cedo, também eu, me identifico com o que escreve e, por outro lado, sinto-me feliz que o que escrevo seja sentido por alguém… ainda que, como desde o início disse, não escrevesse para ninguém em concreto, definido… escrevo, tão somente, porque sim! Ainda que na ânsia secreta de alguém as leias, alguém as faça suas…

O blogue que criei permitiu-me, sob a capa de um pseudónimo, de um outro eu, abrir a minha alma, expor sentimentos, em suma dar um pouco de mim, que de outra forma seria impossível.

Escrever ajuda a pensar, acalma a alma e o espírito, ajuda a serenar, a, talvez, racionalizar sentimentos…

Eu é que lhe agradeço o facto de se sentir tocada, por ter conseguido sonhar, sorrir, rir, acreditar com o que escrevo. Sinto, em parte, que a minha “missão” está cumprida.
Sem dúvida que somos amigos desconhecidos.

Veja este comentário, não como uma despedida, mas como mais um voto de confiança, de esperança… percebo, pelo que escreveu, que se sente cansada com uma situação que se arrasta há muito. Daí talvez o se sentir tão próxima do que escrevo.
Mas acredite que vale a pena não desistir, por completo, do sonho, daquilo que um dia a fez “voltar a mesa e trocar o certo pelo incerto”. Há fases mais complicadas que outras na vida. Umas mais duras que outras. A vida, de modo algum, é como nos contos de fadas. Saberá isso melhor que eu, não tenho dúvidas. Mas pelo que percebo é um lutadora, resistente… Não desista, cara MBSilva! Dê tempo ao tempo, mas não desista, se realmente sabe o que quer e o que deseja… O sonho realizar-se-á, tenho a certeza!...

Quem já se “alargou” no comentário fui eu…

Cara Amiga MBSilva (o “A”, foi propositado), eu é que lhe agradeço pelo belo uso que fez das minhas palavras, e por lhes dar a importância que deu.

Use-as, leia-as, interiorize-as, faça-as suas… porque no fundo também são suas. E se delas conseguir retirar alguma coisa de bom, se de alguma forma a conseguir acalmar o espírito ou a alma, pois tanto melhor.

Obrigado!

janeiro 15, 2007 3:54 da tarde  
Blogger MBSilva disse...

Caro Visconde,
Agradeço a paciência demonstrada na leitura das minhas palavras.

Não consigo evitar repetir(-me) quando digo que me identifico muito com o que escreve, com os textos que publica. E não resisti a dizê-lo, hoje, uma vez mais...

A vontade de escrever não é muita, confesso. Mas senti-me na obrigação de agradecer as suas palavras. Para dizer que me fizeram bem!
Percebeu bem o meu estado de espírito... só não tenho certeza de ser tão resistente como diz!
Ás vezes somos ultrapassados de tal forma por factos ou circunstâncias e confrontados com obstáculos que, por muita luta que possamos oferecer, sozinhos, não conseguimos vencer. E essa é a (dura) realidade de que falei...

...Por isso refugio-me naquela sensação de preenchimento, de força, que senti naquele momento em que decidi "virar a mesa" e "arriscar o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho"... Porque essa sensação aquece o meu coração!
E é essa sensação que me dá força para continuar. E as suas palavras traduzem bem isto.

Meu Caro Visconde... Obrigada, eu!

janeiro 15, 2007 10:18 da tarde  

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