Olhando para esta sua foto (fantástica por sinal) veio-me à cabeça uma frase batida, que volta e meia se ouve e se lê "apesar de rodeado por uma multidão, sinto-me só". A sua foto é esse o sentimento que me transmite.
É curioso, dizem que uma imagem vale mil palavras, e é verdade. No caso da sua foto é verdade. Vale por esse sentimento.
Acredito que o estado de espírito ajude ao sentimento. No fundo, as imagens são um pouco como à poesia. Bem dizia o poeta que "sentir? ora sinta quem lê" (recito de cor um verso de Fernando Pessoa, pelo que peço desculpa pela incorrecção).
Com as imagens passa-se um pouco o mesmo.
As suas têm sempre a capacidade de me transportar para sentimentos antigos, passados, uns, presentes, outros.
Por que será que, mesmo rodeado de pessoas o ser humano tem essa capacidade de se sentir só! O que lhe faltará? Será uma sensação de desnorte? Talvez. Possivelmente varia de pessoa para pessoa.
Se me permite o desabafo (por vezes encontramos proximidade no mais longo desconhecido), apesar da beleza da foto, sinto alguma tristeza ao olhá-la. Sinto, como lhe disse, o isolamento. Sinto-me como aquele que está no meio de uma multidão de rostos desconhecido que passam e que a cada encontro que lhe dão fazem questão de lhe mostra a toda uma indiferença bruta e selvagem.
Não que algo de especial ou extraordinário se tenha passado hoje ou num passado breve. Hoje foi apenas mais uma sexta feira. É, creio eu, um pensamento latente, que volta e meia insiste em mostrar a sua presença.
Posso dizer que sou uma pessoa que poucas ou nenhumas razões terá de queixa da vida. Casa, carro, emprego, amigos... No entanto, o sentimento está cá, volta e meia manifesta-se qual virus da constipação ou do herpes (perdoe-me a comparação). Será da idade? Será remorso? Será ansiedade?
Não sei.
Não procuro no meu desabafo qualquer equiparação ou compreensão por achar que partilha do mesmo sentimento. Á falta de alguém com quem partilhar o que sinto, invado o seu espaço para mais um comentário abusivo e aborrecidamente longo.
Peço-lhe que o apague se o achar abusivo, prometo que não levarei a mal.
Recordo as palavras de Mário Quintana que nunca me deixaram indiferente... «Sempre me senti isolado nessas reuniões sociais: o excesso de gente impede de ver as pessoas...»
3 Comentários:
Cara MBSilva,
Olhando para esta sua foto (fantástica por sinal) veio-me à cabeça uma frase batida, que volta e meia se ouve e se lê "apesar de rodeado por uma multidão, sinto-me só". A sua foto é esse o sentimento que me transmite.
É curioso, dizem que uma imagem vale mil palavras, e é verdade. No caso da sua foto é verdade. Vale por esse sentimento.
Acredito que o estado de espírito ajude ao sentimento. No fundo, as imagens são um pouco como à poesia. Bem dizia o poeta que "sentir? ora sinta quem lê" (recito de cor um verso de Fernando Pessoa, pelo que peço desculpa pela incorrecção).
Com as imagens passa-se um pouco o mesmo.
As suas têm sempre a capacidade de me transportar para sentimentos antigos, passados, uns, presentes, outros.
Por que será que, mesmo rodeado de pessoas o ser humano tem essa capacidade de se sentir só! O que lhe faltará? Será uma sensação de desnorte? Talvez. Possivelmente varia de pessoa para pessoa.
Se me permite o desabafo (por vezes encontramos proximidade no mais longo desconhecido), apesar da beleza da foto, sinto alguma tristeza ao olhá-la. Sinto, como lhe disse, o isolamento. Sinto-me como aquele que está no meio de uma multidão de rostos desconhecido que passam e que a cada encontro que lhe dão fazem questão de lhe mostra a toda uma indiferença bruta e selvagem.
Não que algo de especial ou extraordinário se tenha passado hoje ou num passado breve. Hoje foi apenas mais uma sexta feira. É, creio eu, um pensamento latente, que volta e meia insiste em mostrar a sua presença.
Posso dizer que sou uma pessoa que poucas ou nenhumas razões terá de queixa da vida. Casa, carro, emprego, amigos... No entanto, o sentimento está cá, volta e meia manifesta-se qual virus da constipação ou do herpes (perdoe-me a comparação). Será da idade? Será remorso? Será ansiedade?
Não sei.
Não procuro no meu desabafo qualquer equiparação ou compreensão por achar que partilha do mesmo sentimento. Á falta de alguém com quem partilhar o que sinto, invado o seu espaço para mais um comentário abusivo e aborrecidamente longo.
Peço-lhe que o apague se o achar abusivo, prometo que não levarei a mal.
Peço-lhe desculpa e obrigado.
Percebo muito bem (tão bem!) o que escreve... E acredite que já senti - mais vezes do que desejaria - o mesmo.
Recordo as palavras de Mário Quintana que nunca me deixaram indiferente...
«Sempre me senti isolado nessas reuniões sociais: o excesso de gente impede de ver as pessoas...»
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