domingo, janeiro 21, 2007

13 Comentários:

Blogger MBSilva disse...

Eu voto SIM!!!!!

janeiro 21, 2007 6:47 da tarde  
Anonymous Anónimo disse...

...Pela Liberdade...sempre sim!

janeiro 22, 2007 3:00 da tarde  
Anonymous Anónimo disse...

Liberdade de escolha de quem? e a liberdade de quem não pediu para ser concebido? A liberdade dos unicos que têm voz... Não é liberdade.. é comodismo.
EU VOTO NÃO

janeiro 22, 2007 3:12 da tarde  
Anonymous Anónimo disse...

eu lamento...até gostava de participar neste aceso debate, mas não consigo formar uma opinião coerente, as hipóteses de voto são muito restringidas.

janeiro 22, 2007 4:26 da tarde  
Anonymous Anónimo disse...

Acima de tudo, emais que tudo, é uma questão de respeito e defesa da Liberdade, liberdade de escolha, liberdade de respeito de opções...e não necessariamente a defesa de uma posição de ser contra ou a favor de.
Respeita-se a liberdade de escolha de cada um, de cada um poder decidir e poder realizar a sua escolha! Até porque liberdade sem escolha...não existe! Sim, à Liberdade, à Liberdade de Escolha! E depois, caberá a cada um gerir a sua Liberdade, de acordo com os seus principios e valores, de acordo com a sua consciência e convicção.

janeiro 22, 2007 5:57 da tarde  
Anonymous Anónimo disse...

obviamente liberdade... desde que não peçam a um estado de direito que compactue com o crime...a legitimação do crime é o que está em discução.

janeiro 22, 2007 8:13 da tarde  
Blogger JTR disse...

Cara idiossincracias,

O aborto só é crime, porque a Lei o pune como tal. Da mesma forma que a lei determina que a "vida" como bem jurídico protegido para efeitos, por ex. de homicídio, só começa com o nascimento completo e com vida...

Cara Ana, infelizmente quem não pediu para ser concebido. E não creio que se possa abordar esta questão do aborto como uma questão de comodismo... não se trata de um "capricho" da mulher.
Um aborto é uma experiência traumática para a mulher, disso não tenho qualquer dúvida. Isto para não falar dos riscos para a própria vida da mulher, em muitos casos.
Quem recorre ao aborto por "capricho" (se é que alguma mulher o faz) é porque o pode fazer. E pode fazê-lo em perfeitas condições de higiene e segurança, por clínicas especializadas, nomeadamente em países onde o aborto é permitido. Ou seja, são pessoas que podem opinar no conforto das suas possibilidades económicas.
Esta questão, não é para essas mulheres. Porque para elas, esse problema nem sequer se coloca. Podem fazer quantos abortos quiserem, em perfeitas condições, porque têm dinheiro para isso.
A questão, ou a preocupação principal, quanto a mim, são aquelas mulheres que não gozam desse conforto, que se têm de sujeitar a fazer abortos, em que os médicos são substituídos por autênticos carniceiros, sem quaisquer experiência médica e em condições de higiene e segurança equiparáveis, muitas vezes, a matadouros públicos.
Para essas mulheres o aborto é sem dúvida um último recurso, uma saída para um desespero... Não haverá interesse, num estado de direito, proteger os mais desfavorecidos?
E depois, quem recorre a um aborto (já o disse, não acredito que ninguém o faça por puro prazer, por desporto, como meio contraceptivo, por capricho), é, em última análise, porque a gravidez não é desejada. Agora pergunto, será preferível abortar, ou criar uma criança indesejada? Muitas vezes deixada ao abandono? Ou, como não tantas ráras vezes, abandonadas, logo após a nascença, nalgum lugar ermo, ou em lixeiras? Será preferível isso? Não haverá interesse em, precisamente, proteger (ainda que por antecipação) a própria vida humana, numa fase ainda embrionária, onde ainda não temos vida humana, completa e com vida, extra-uterina?
Confesso que, em caso algum faria ou submeteria alguma companheira a um aborto, mas acho que deve ser dada a liberdade à mulher (e ao suposto pai, se for o caso) de escolha.
Eu, voto sim!

janeiro 22, 2007 10:24 da tarde  
Blogger JTR disse...

ERRATA:
Onde se lê: "infelizmente quem não pediu para ser concebido", deve ler-se: "infelizmente quem não pediu para ser concebido, sobre este assunto não pode opinar e ter-se-á sempre de sujeitar a uma ou outra decisão, por isso não me parece grande argumento esse da opinião do feto".

janeiro 23, 2007 12:38 da manhã  
Blogger MBSilva disse...

Imaginei que podia provocar algumas reacções com a publicação deste postal!
E vejo que tinha razão.

Antes de mais, devo dizer que a opinião de cada um dos que aqui escreveu é respeitada! E agradeço cada uma delas!

A minha não suscita qualquer dúvida, creio.
Sou, de facto, a favor do sim. E sim, concordo com a despenalização da interrupção voluntária da gravidez, se realizada, por opção da mulher, nas primeiras 10 semanas, em estabelecimento de saúde legalmente autorizado.

Não ignoro que se trata de uma questão da consciência de cada um(a)!
Mas não nos podemos limitar ao que "eu" fazia ou não fazia.
É uma problemática geral que não pode ser ignorada, nem subestimada, muito, menos marginalizada!

Ninguém pode ignorar que, actualmente, se fazem muitos abortos. E a sua maioria em condições degradáveis, colocando em risco a vida da mulher que decide fazê-lo. E decide fazê-lo em consciência! Concordo com o meu caro JTR quando afirma que ninguém faz abortos por capricho. Aliás, concordo com (tudo) o que aqui diz.
Nenhuma mulher se submeterá a um aborto, a uma intervenção que afecta o seu corpo, de forma leviana e de ânimo leve.
Estou certa que é uma série de circunstâncias que leva uma mulher a optar por abortar em detrimento de ser mãe…
Sim, porque falamos de sentimentos tão contraditórios que não será, apenas, a decisão de (fisicamente) se sujeitar àquela intervenção, mas, principalmente, a decisão – interior, íntima – de adiar, evitar, ser mãe… de ter um filho… Esse acto não se limitará àquele momento. Deve, certamente, acompanhar essas mulheres o resto das suas vidas!
Por favor não falem de retirar a voz de “quem ainda não tem voz”! Ok, não se aborta! Seria, então (?) preferível abandonar a criança depois de nascer? Egoísta é aquela pessoa que tem o filho e depois o abandona, o coloca na rua, ao frio, à chuva, a pedir esmola, não tem um tecto para oferecer ao filho. Não crêem? Porque é destas pessoas que falamos! Neste aspecto volto a concordar com o comentário de JTR.

Liberdade pela escolha?! SIM!!!

janeiro 23, 2007 1:27 da tarde  
Anonymous Anónimo disse...

meus caros... afial o que é o Estado? o que aprendemos em Ci^cia politica? podemos ter uma sociedade que compactua coma privação da liberdade? somos os mesmos que não permitimos a eutanásia e a pena de morte mas aceitamos o aborto? somos os mesmos que achamos terrivel a morte do Saddam Hussein, mudamos de canal e viramos a cara?

Coerência... é preciso.

è preciso coerencia, porque em nenhuma circunstancia direi faria ou não faria o que quer que seja. Mas posso certamente dizer que seria muito mais proficuo criar um sistema eficiente de apoio à maternidade e às crianças.. ao invés de matar o problema. Tapar o sol coma peneira? Não obrigada. matar quem não tem voz? não obrigada.
Porque podemos cair na confusão de inverter o critério interesse da criança com o comodismo dos pais. E assumo-o alto e bom som. porque as palavras têm de ser usadas sem medos ou preciosismos tecno intelectuais.

Eu voto não. Acredito na vida.

janeiro 23, 2007 4:36 da tarde  
Blogger JTR disse...

Se querem levar a coisa para o estritamente legal, importa fazer aqui uma pequena destrinça

O Direito Penal protege bens jurídicos, sejam eles, a vida humana, a vida intra-uterina, a integridade física, a honra, o património, o estado de direito, a vida em sociedade, etc, etc... basta dar uma vista de olhos pelo índice de um qualquer Cód. Penal.
O bem jurídico protegido pelo crime de "Aborto" (art. 140.º do Cód. Penal), não é a vida Humana. Entenda-se esta como vida humana autónoma, que surge com o nascimento completo e com vida (art. 66.º do Cód. Civil). O que se protege naquele art. 140.º do Cód. Penal é a vida intra-uterina. O Aborto não pode, de modo algum, ser equiparado ao crime de homicídio. Os bens jurídicos protegidos por uma e outra condenação são diferentes e distintos. Não se misturem alhos com bugalhos. Até os fundamentos axiológicos que levam à protecção de um e outro são, de todo em todo, distintos e inconfundíveis. É preciso coerência, sem dúvida, mas não misturando no mesmo saco coisas que nada têm a ver. Que tem um homicídio a ver com um aborto? Quem defende o aborto, não pugna pela pena de morte. Afirmar isso é pura desonestidade intelectual. Desculpem-me, mas é: “O cu nada tem a ver com as calças”. Curiosamente, muitos do que se dizem contra o aborto são, precisamente, a favor da pena de morte. Vá-se lá entender…

Também quem defende a interrupção voluntária da gravidez defende, ao mesmo nível, precisamente que se deve apostar numa educação cívica e sexual. Ninguém defende o aborto como meio contraceptivo.

Das duas uma: ou não percebem os argumentos, ou não os querem perceber. No primeiro caso, não me parece que tenham grandes razões, pois eles são claros. No segundo caso, lá está, entramos numa discussão de surdos e absolutamente inútil.

Todos os dias, nos tribunais, a sociedade compactua e pede a privação da liberdade de algum dos seus membros, por isso, não me parece grande argumento esse… Até quem se mostra contra a interrupção voluntária da gravidez, compactua e pede, precisamente, a privação da liberdade para quem a faz.

Agora deixou-me algo baralhado: então é contra a interrupção voluntária da gravidez, mas a favor da eutanásia? E onde para, então, a inviolabilidade da vida humana pugnada pelos defensores do Não!?

Como vê, não se podem confundir as coisa. A pena de morte, não é igual a um aborto. A interrupção voluntária da gravidez não é um homicídio. São coisas totalmente diferentes. E metê-las na mesma discussão, só traz confusão.

O Estado, ao permitir a interrupção voluntária da gravidez, não está a "branquear" ou a legitimar que se pratiquem homicídios. Está apenas e tão só a proteger outros bens jurídicos. Aqui chamo a colação e faço minhas, integralmente, as palavras de MBSilva. Em última instância está precisamente a proteger, por antecipação, o nascituro (que não pediu para ser concebido, mas se o foi terá o direito de exigir condições para viver, carinho, uma família estável e equilibrada), de levar ou viver uma vida sem condições, sem dignidade suficiente.

Não pretendo fazer ninguém mudar de ideias. Pretendo apenas que se discuta a questão com um mínimo de inteligência e honestidade.

janeiro 23, 2007 6:01 da tarde  
Blogger JTR disse...

Pergunto eu, ainda a propósito:

Que diferença de valores, fundamentos ou motivos haverá entre se permitir que uma mulher que foi violada possa, livremente, abortar, e permitir-se que aquela mulher que por um azar da vida engravida, possa abortar porque sabe que não terá capacidade para proporcionar uma vida decente ao seu filho? Também no caso da violação o nascituro não pediu para ser concebido...

E já agora, merecerá menos viver um feto mal formado, de onde resultará um ser humano deficiente, do que um feto bem formado? Valerá mais uma vida que a outra?

Note-se que, ambos, são casos em que a lei permite que a mulher possa abortar...

janeiro 23, 2007 11:24 da tarde  
Blogger MBSilva disse...

Ui!
Entendo (muito) bem o que quer dizer! :)

janeiro 24, 2007 12:34 da tarde  

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